Fecha-se a rua.
Assam-se sardinhas e entremeadas, experimenta-se a especialidade de doce da vizinha.
Faz-se uma fogueira com rosmaninho que diverte mais os cotas do que os novos.
Ouvem-se os primeiros acordes de uma viola, canta-se Zeca Afonso inevitavelmente.
Não estivéssemos nós numa das terras mais comunistas do nosso país.
Gosto desta gente. Têm uma identidade muito própria. Viveram num dos períodos mais conturbados do nosso país. Contam histórias inacreditáveis, do tempo em que desafiavam as regras.E conseguem sempre sorrir quando recordam esses tempos.
Há três anos atrás meia dúzia de "gatos pingados" resolveram recuperar a tradição.
A "porta" está aberta a quem quiser entrar.